vsports

Resultados

Publicidade

Liga Betclic: Pesadelo após sonho

2025-04-13 20:56

Depois de uma exibição memorável na jornada anterior, o Benfica pecou muito na finalização e foi castigado por isso, desperdiçando duas vantagens e empatando em casa com o Arouca, que tal como tinha feito frente ao Sporting também roubou pontos às Águias, que assim perderam a liderança isolada.

Foi sem poupanças, mesmo perante a fragilidade física de Tomás Araújo e o perigo de castigo de Florentino e Di María, que o Benfica se apresentou em campo para tentar voltar à liderança do campeonato, depois da vitória do Sporting no dia anterior. O primeiro sinal de perigo veio de Aktürkoglu, que aos 12 minutos rematou de fora da área, em jeito mas não com tanta força, e Mantl não arriscou e defendeu junto à base do poste. Na sequência do canto, a bola sobra para Tomás Araújo ao segundo poste e o cabeceamento deste foge ao guardião mas é cortado à boca da baliza por Fontán (13′). Num período particularmente intenso, logo no minuto seguinte o cruzamento de Carreras é desviado por Danté, quase fazendo auto-golo (14′). Aos 16′, mais um jogador arouquense no sítio certo à hora certa, desta vez Alex Pinto, que em esforço esticou a perna e travou o cabeceamento certeiro de Pavlidis após canto, e segundos depois Otamendi falha por muito pouco o encosto ao remate cruzado de Aktürkoglu, que sai enrolado perto do poste.

Após conseguir suster o ímpeto encarnado, os visitantes aventuraram-se no ataque e logo na primeira ocasião podiam ter marcado, quando aos 19′ Sylla recebeu na esquerda, ajeitou para o pé direito e rematou em arco para grande defesa de Trubin junto ao ângulo superior. E para mostrar que a defesa anfitrião tinha de manter a atenção, o Arouca voltou a atacar com perigo, logo a seguir, mas Trezza, a aparecer no coração da área entre defesas, não conseguiu direcionar a bola para o alvo. A intensidade diminuiu um pouco e só aos 31 minutos voltou a existir motivo de interesse, com um livre de Kökçü a passar perto da barra. Mais flagrante ainda foi o lance de Pavlidis, que aos 38′, tirou dois adversários do caminho na área e rematou ao poste.

O Arouca começou a segunda parte com fulgor e logo aos 47′ um ataque rápido terminou com Yalçın a rematar cruzado para boa defesa de Trubin e pouco depois, aos 51′, Trezza remate de muito longe mas com força, obrigando o ucraniano a defesa apertada para canto. Além do atrevimento, os visitantes também trocavam bem a bola e com isso ganhavam confiança. Mas o Benfica recompôs-se e aos 60′ inaugurou o marcador, numa arrancada de Carreras pela esquerda, a aguentar e a passar adversários, e depois já na área a servir Aursnes, que amorteceu para o incrível remate em arco de Kökçü ao ângulo superior.

A tranquilidade podia ter chegado quase de seguida, aos 62′, com Aktürkoglu a beneficiar de um roubo de bola e transição rápida antes de atirar para defesa de Mantl; a bola sobrou para Di María mas este desequilibrou-se na hora do remate e acertou-lhe mal, saindo ao lado. Em vez da tranquilidade surgiu a intranquilidade, quando aos 67′ foi assinalado penálti a favor do Arouca, por falta de Otamendi, que após fazer o carrinho viu Jason fintar para dentro e tropeçar nele, decisão validada após o árbitro ver as imagens do VAR: Yalcin, outro jogador turco, efetuou um remate menos vistoso que o compatriota, ao meio da baliza, mas ainda assim igualmente eficaz, enganando Trubin que se estirou para um dos lados.

O Benfica sentiu o empate e passou a jogar um pouco mais com o coração do que com a cabeça. No entanto, foi precisamente a cabeça que deu o 2-1, no caso a de Pavlidis, que após um canto marcado de forma rápida apareceu ao segundo poste a encostar o cruzamento largo de Kökçü (80′). As Águias voltavam a estar no controlo e partiram em busca do golo que sentenciasse o jogo, com Aktürkoglu a cobrar um livre que acertou na malha lateral, junto ao poste (83′), e o recém-entrado Schjelderup a rematar à figura de Mantl (84′). Numa jogada 100 por cento norueguesa, aos 85′, o jovem extremo marcou mesmo, isolado por Aursnes para rematar cruzado, mas o lance foi anulado por fora-de-jogo. Nova investida aos 88′, agora conduzida por Schjelderup, que cruzou atrasado para Pavlidis, que rematou muito por cima.

A vertigem ofensiva acabou por não ser boa conselheira e já nos descontos, aos 95′, veio o balde de água fria, com uma perda de bola no ataque a originar um contra-ataque pela direita, com Dylan Berutti a cruzar, a bola a passar por vários jogadores do Benfica e encontrar Weverson, entrado minutos antes, para um remate de pronto.

À semelhança do que tinha acontecido em 2018/19, quando também venceu no Dragão e subiu ao primeiro lugar, o Benfica perdeu pontos logo na jornada seguinte e também num jogo em que esteve em vantagem. Este resultado coloca-o empatado com o Sporting no topo do campeonato e deixa os níveis de emoção da prova ao rubro, seguindo-se uma difícil deslocação do Benfica a Guimarães na próxima ronda.

Publicidade