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Foi tão saborosa quanto sofrida, a quarta vitória consecutiva do FC Porto no campeonato, por 2-1, na receção ao SC Braga com que encerrou a 8.ª ronda da Liga Betclic.
A equipa azul e branca rubricou uma primeira parte de alto nível, apenas contrabalançada por uma resposta do SC Braga nos últimos 15 minutos, e chegou ao intervalo na frente do marcador, com a justiça possível que o futebol traz. Marcou Galeno, num pontapé de penálti que conquistou e converteu, pouco antes do descanso, já depois de ser anulado um golo a Samu.
Até aí, a partida caracterizava-se por ataques rápidos do FC Porto, pouco dado a especulações na gestão das suas investidas, e por um SC Braga bastante desconfortável, sem capacidade de ter a bola e sem poder nos duelos individuais.
Mas um lance em que Gabri Martínez deixou Vítor Carvalho na cara de Diogo Costa, com o guardião a fazer valer a sua fama e proveito de enorme guarda-redes, mudou o jogo. A partir daí o SC Braga abandonou a sua faceta acanhada, talvez por força do mau resultado em Atenas, e trocou-a por uma bem mais atrevida, em que nada tinha a perder num encontro de dificuldade máxima.
Assim se pode resumir a segunda parte, com um SC Braga sempre à procura do golo, conseguindo-o logo após o reatamento, num míssil de Roger que a trave ajudou a fazer entrar. Mas o futebol tem a sua própria lógica, e bastou uma desatenção arsenalista num arremesso lateral a favor dos portistas para o 2-1 aparecer a favor dos anfitriões, pouco depois. Marcou Pepê, servido por Nico González e com a ajuda decisiva de um apanha-bolas, também ele decisivo na forma como foi rápido a colocar a bola nas mãos dos portistas.
Estávamos a meia hora dos 90 regulamentares e o que a partir daí se viu foi, sem tirar nem pôr, um assalto bracarense à baliza portista. Foram vários os lances que deixaram inquietas as bancadas do Dragão, com destaque para uma bola pontapeada já fora de horas por El Ouazzani que Diogo Costa chamou a sair para voltar a brilhar. Tinha selo de golo, o disparo do avançado arsenalista, mas quem tem Diogo Costa, tem muito, e o marcador não mexeu.
O apito final de João Pinheiro fez respirar de alívio o anfiteatro portista, no qual Pepe marcou presença, sendo muito aplaudido. Tal como diante do Manchester United, um FC Porto em vantagem deixou-se dominar na parte final e correu o risco de ver o filme repetido, mas o empate bracarense não chegou e o conjunto de Vítor Bruno amealha três preciosos pontos, mantém a distância de três pontos para o líder Sporting, no segundo lugar do campeonato.
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