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No encontro que o poderia catapultar para a liderança do campeonato por direito próprio – já o tinha feito por um dia, à condição, na 16.ª jornada -, o FC Porto averbou uma derrota por 2-0, na Choupana, diante do Nacional.
Tal como nos 15 minutos disputados no dia 3 de janeiro, quando o nevoeiro obrigou à suspensão e adiamento da partida, o Nacional voltou a entrar de forma mais afoita e desenvolveu várias jogadas de perigo, chegando ao intervalo com uma vantagem de 2-0, cortesia de Isaac e Zé Vítor. Do lado azul e branco, pouco ou nada a dizer. Zero remates nos primeiros 45 minutos resumem a inoperância dos homens comandados por Vítor Bruno.
Depois dessa primeira parte incompreensível, de tão desinspirada, era inevitável que o FC Porto voltasse dos balneários com vontade de correr atrás do prejuízo. De mostrar outra cara, agarrando-se ao principal mas também único objetivo a que aspira a nível interno, o título de campeão nacional. Essa reação apareceu, mas já era tarde.
Nos primeiros 15 minutos do segundo tempo, o FC Porto montou um cerco à grande área contrária e conseguiu criar inúmeros lances de perigo. Namaso dispôs de uma flagrante, com um remate que Lucas França defendeu para canto, mas também Samu podia ter feito melhor, isolado, tendo rematado frouxo na cara do golo.
Vítor Bruno apostava no cúmulo da criatividade, combinando Fábio Vieira e Rodrigo Mora no miolo e Eustáquio por trás, a dar cobertura. Foram 15 minutos de grande criação, mas o treinador portista optou por esgotar as substituições à hora de jogo, retirando Rodrigo Mora para a entrada de Gul. E se é verdade que o FC Porto ganhou presença na área, perdeu critério e discernimento na construção.
O tempo avançava, a bola não entrava e a ansiedade crescia do lado dos dragões, tomando conta dos jogadores portistas e respetivas decisões. Exemplo disso, uma bola de golo que Gul teve aos 72 minutos, não conseguindo o chapéu a Lucas França, que tinha abandonado a baliza, e um cabeceamento de Samu, a poucos metros da baliza, sem marcação, que saiu por cima trave. A sucessão de amarelos aos jogadores visitantes na parte final da partida – quatro amarelos dos 78 aos 83 minutos – foi apenas o corolário de um estado de espírito tomado pelo desespero. Na verdade, não faltaram ocasiões ao FC Porto para dar a volta ao marcador, mas o apito final chegaria sem que conseguisse sequer reduzir a desvantagem.
Num campeonato em que nenhum dos três grandes parece ter a capacidade de assumir a liderança da prova de forma categórica, nenhum deles ganhou nesta derradeira ronda da primeira volta, depois de o Sporting ter empatado em Guimarães (4-4) e o Benfica ter perdido em casa, diante do SC Braga (2-1). Lideram os leões, com 41 pontos, seguidos de FC Porto (40) e Benfica (38). Quanto ao Nacional, encosta-se ao Estrela da Amadora, no 14.º posto, com 16 pontos.
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