vsports

Resultados

Publicidade

Liga Bwin: Chama do Dragão volta a gelar Luz

Num jogo muito decisivo para ambas as equipas e também um teste ao caráter, o campeão FC Porto puxou dos galões e do orgulho para vencer na casa do Benfica, tal como tinha feito na época passada, desta vez para dar novo fôlego à luta pelo título.

Perante a importância do desafio, Sérgio Conceição não teve receio em apostar nos regressos do guarda-redes Diogo Costa e do veterano Pepe, recentemente recuperados de lesão, enquanto Roger Schmidt manteve-se fiel ao onze-base dos últimos tempos. Os visitantes, sabendo da importância de ganhar para encurtar os dez pontos que os separavam dos anfitriões, assumiram cedo a iniciativa do jogo mas viram-se surpreendidos à passagem dos dez minutos. Numa jogada construída na direita, Bah cruzou para o coração da área, onde Gonçalo Ramos ganhou no ar a Pepe e cabeceou à barra, com a bola depois a ressaltar nas costas de Diogo Costa e a entrar. Este infortúnio não desmoralizou o FC Porto, que rapidamente voltou a pegar no jogo, e não teve o condão de entusiasmar o Benfica, que recuou no terreno e parecia inclusive algo intranquilo, pecando na tomada de decisão, fosse passe, remate ou escolha da melhor opção.

Aos 15′ um livre perigoso de Otávio para o segundo poste obrigou Odysseas Vlachodimos a jogar pelo seguro e a desviar para canto e aos 35′, num lance muito semelhante, Grujic falhou o desvio por centímetros. Num dos poucos ataques das “águias”, roubo de bola à entrada da área e esta sobrou para Gonçalo Ramos, que viu Pepe bloquear o remate. Aos 40 minutos um lance entre Mehdi Taremi e Vlachodimos terminou com Manafá a colocar a bola no fundo das redes, mas o golo foi anulado por falta do iraniano sobre o grego. O empate acabou por chegar à beira do intervalo, com Manafá a passar para Pepê e este a desviar de peito para o remate na passada de Matheus Uribe, cruzado e a fugir do alcance do guardião (45′). Antes do intervalo ainda houve um golo anulado a Galeno, num fora-de-jogo de 6 centímetros descortinado após recurso ao VAR (45+3).

A reviravolta não aconteceu no final da primeira parte, aconteceu cedo na etapa complementar. Aos 54′, Galeno ganhou de cabeça a António Silva na esquerda e colocou a bola no meio, onde Otamendi tocou apenas de raspão após carrinho e deixou à disposição de Mehdi Taremi, que atirou rasteiro junto à base do poste. Com o golo sofrido, o Benfica viu-se forçado a tentar tirar mais do jogo, e para isso o técnico alemão colocou David Neres em campo, com o brasileiro a agitar a equipa no ataque.

No entanto, o FC Porto defendeu o resultado atacando. Aos 62′ o recém-entrado João Mário recuperou em zona alta e rematou a centímetros do poste e aos 72′ Taremi isolou-se pela esquerda e, já na área, com três jogadores do FC Porto para um do Benfica, tentou servir Zaidu, mas o passe saiu um pouco atrasado e Otamendi cortou. O Benfica atacava mais com o coração do que com a cabeça, e prova disso é o remate muito por alto de David Neres aos 76′. Melhor fez Chiquinho quase de seguida, aos 78′, num remate de longe, mas ainda assim sem importunar muito Diogo Costa, que se estirou para agarrar o esférico.

O último assomo dos lisboetas aconteceu aos 91′, num passe comprido de Otamendi para a área ao qual Gonçalo Ramos só tocou de raspão, com a bola a ir para as mãos do guardião portista. A segunda derrota na competição ainda deixa o Benfica com uma vantagem confortável na liderança, mas mostrou que o FC Porto não vai desistir e estará à espreita de algum deslize que o Benfica ainda possa vir a ter.

Publicidade