Publicidade
Foi sem brilhantismo, mas com lógica, que o Sporting conseguiu chegar à final a quatro da Taça da Liga, afastando o Nacional, em casa, por 3-1. A lógica do domínio territorial, das oportunidades de golo e dos remates certeiros leoninos sobrepôs-se a um certo cinzentismo exibicional geral dos leões.
O primeiro tempo mostrou uma versão do Sporting que há muito andava afastada dos relvados: distraída, desinspirada, desligada. Torna-se difícil não abordar, desde logo, as nove mudanças que Rúben Amorim operou face ao último onze titular, com as consequências óbvias que tal gerou nas rotinas de jogo; mas é impossível esquecer o turbilhão de acontecimentos que nas últimas horas deixou o técnico de 39 anos muito perto de trocar o Sporting pelo Manchester United e nos efeitos disso mesmo no balneário do clube verde e branco.
Fresneda como titular a ala esquerdo foi uma das principais novidades no onze leonino, tal como Edwards como avançado direito. Amorim fez a vontade ao espanhol, que não quer ser central na defesa a três dos leões, e sim, lateral, e ocupou todo o corredor esquerdo. Um erro de casting, corrigido ao intervalo: o espanhol teve notórias dificuldades para fazer fluir as jogadas pelo seu corredor, mesmo quando tinha espaço. Também errático esteve Edwards, que não jogava há mês e meio, o que se notou da pior forma.
A uma primeira parte ainda sem estar órfã de Rúben Amorim, mas órfã de alegria, o Sporting respondeu com uma entrada em força na segunda parte, já com Gyokeres e Trincão em campo. E o primeiro golo não demorou a surgir, num remate cruzado de Hjulmand. O sueco foi protagonista pouco depois, sofrendo e convertendo um pontapé de penálti com um disparo ao centro da baliza e com força.
O Nacional reentrou nas contas do apuramento praticamente após a reposição de bola a meio campo: marcou Luís Esteves, num pontapé ainda desviado por Rúben Macedo, mas, ficou a impressão, de forma não tão decisiva para trair Kovacevic, como aconteceu.
Mas também não demorou muito tempo até que Gyokeres resolvesse a contenda, com uma novidade: fê-lo através de um livre direito, à bomba. O 16.º golo do sueco em 15 jogos oficiais esta temporada fechou o marcador de uma noite fria em termos de ambiente, com um grande “elefante na sala”, o futuro de Rúben Amorim.
Publicidade