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Rei da Supertaça puxa dos galões e vence com reviravolta incrível

Grande início de época 2024/25 no futebol português, com o FC Porto a vencer o Sporting por 4-3 num jogo em que aos 24 minutos perdia por 3-0, com o bis de Galeno e o tento do suplente Iván Jaime a darem o 24.º título na competição aos Dragões.

As duas equipas entravam em campo impulsionadas pela boa pré-época e pelo entusiasmo que um clássico sempre gera. De um lado, um Sporting consolidado e reforçado cirurgicamente, do outro um FC Porto sem reforços e sem grande parte dos internacionais do plantel mas apostado em ser combativo. Os ‘Dragões’ começaram logo pressionantes e aos quatro minutos podiam ter marcado, após um perda de bola de Debast na saída para o ataque depois de receber um passe de Kovacevic, com Namaso a fazer o chapéu e a bola a embater na malha superior.

O que se seguiu foi uma resposta demolidora. Aos seis minutos, canto curto e cruzamento de Pedro Gonçalves para o coração da área, onde Gonçalo Inácio saltou entre adversários para faturar. Ainda mal recomposto do golpe e o FC Porto já estava a sofrer novo golo, quando aos 9′ Grujic perdeu a bola no centro do terreno e esta sobrou para Gyokeres, que arrancou em velocidade e força, passou por dois adversários e atrasou para o remate de pronto de Pedro Gonçalves, com o toque de Diogo costa a ser infrutífero. O Sporting estava intratável e o FC Porto sem resposta. O 3-0 esteve à vista aos 16′, mas de forma surpreendente, Gyokeres cabeceou por cima à boca da baliza.

O Sporting estava gelado no controlo do jogo e o FC Porto sob brasas após a entrada fulminante dos ‘Leões’. Sem grandes ocasiões para ganhar espaço para ferir o adversário, o Porto viu Galeno rematar rasteiro para defesa atenta de Kovacevic aos 22′. No extremo oposto do terreno, Gyokeres parecia mais apostado em assistir e foi de mais um desequilíbrio seu, tirando Zé Pedro do caminho com uma finta de corpo, que cruzou para o remate de primeira do jovem estreante Geovany Quenda aos 24′, com a bola a ir contra a relva e a fugir ao guarda-redes.

Ainda assim, a formação nortenha conseguiu relançar a discussão pelo resultado quando Galeno, aos 28′, aproveitou um corte deficiente de Debast e ficou sozinho nas costas da defesa leonina e sozinho frente a Kovacevic, rematando sem deixar a bola cair no relvado.

Após as exibições contrastantes na primeira parte, havia a curiosidade para saber como seria a segunda. E o que se pode dizer é que os papéis se inverteram por completo. Gonçalo Borges começou por ameaçar aos 56’, cortando para dentro e rematando para defesa a dois tempos de Kovacevic. O treinador Vítor Bruno mexeu na equipa, com as entradas de Eustáquio e Iván Jaime, e não demorou a ver as suas apostas darem frutos. Aos 64′, boa jogada de Gonçalo Borges na direita e cruzamento para a zona frontal, onde González dominou e rematou junto ao poste, confirmando a veia goleadora neste início de época. Apenas dois minutos volvidos e o que parecia muito difícil aos 24 minutos transformava-se em realidade, com o recém-entrado Eustáquio a romper pela área e a servir Galeno para o bis, ele que agora partia da posição de lateral-esquerdo.

A partir daqui começou um novo jogo. O Sporting tentou agarrar novamente as rédeas da partida, agora frente a um FC Porto bastante moralizado pela recuperação incrível. E apesar do remate perigoso de Quenda aos 77′, na ressaca a um corte após canto, com a bola a passar por cima, quem esteve mais perto de o ganhar foram os azuis e brancos, já que aos 87′, na sequência de um canto, Vasco Sousa ganhou de cabeça e a bola sobrou para Navarro, que com um remate acrobático obrigou Kovacevic a uma grande defesa. Logo a seguir o espanhol marcou mesmo, mas estava em fora-de-jogo, e assim a decisão foi para prolongamento.

Aí, a reviravolta portista ficou completa aos 102 minutos, numa jogada de insistência de Vasco Sousa que deixou a bola em Iván Jaime à entrada da área, com o remate do espanhol a desviar em Mateus Fernandes e a passar por cima de Kovacevic. Logo a seguir, substituição de risco de Rúben Amorim, a tirar o médio-defensivo Hjulmand para colocar o ponta-de-lança Rodrigo Ribeiro. Do lado contrário, trancas à porta com uma substituição no sentido inverso, com Namaso a dar lugar a David Carmo. Com o Sporting muito pressionante, o bom cruzamento de Catamo aos 112’ foi correspondido por Quenda com um cabeceamento por cima. Os ‘Leões’ insistiram mas a defesa azul-e-branca estava sólida e fechou todos os caminhos para a sua baliza, dando origem a festejos efusivos após o apito final, quebrando a tendência negativa na competição frente ao Sporting, após três derrotas.

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