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Tal como em Janeiro, o Barcelona voltou a bater o Benfica, desta vez apenas por 1-0, com Raphinha novamente a decidir, num jogo em que os catalães jogaram com menos um desde os 22 minutos e viram o guarda-redes Szczęsny travar as Águias com várias defesas brilhantes.
Com o incrível duelo de Janeiro, a contar para a fase de liga, ainda bem presente, este também começou a todo o gás. Se no anterior Pavlidis marcou cedo, neste Akturkoglu esteve perto de o fazer, e logo ao fim de 20 segundos, mas a estirada de Szczęsny evitou o remate certeiro. Logo no minuto seguinte, Barreiro também ameaçou, com um remate ao lado, e a seguir, também aos 2′, veio a resposta do Barcelona, num remate frontal de Olmo a centímetros do poste.
Os sinais eram prometedores mas nos minutos seguintes registou-se alguma acalmia, com o Barcelona a fazer o que sabe fazer melhor, que é pegar no jogo e controlá-lo através da posse de bola, e o Benfica expectante e de olho no contra-ataque ou ataque rápido. Aos 12′ o golo esteve iminente, por três vezes e na mesma jogada, com Raphinha a cruzar para o desvio de Olmo e defesa de Trubin, que depois ainda travou as recargas de Lewandowski e Yamal, esta última deitado no relvado.
Aos 22′, um lance decisivo para o resto do jogo, com a expulsão de Cubarsí, que travou Pavlidis à entrada da área quando este se preparava para se isolar após um arranque fulgurante desde o meio-campo e a escapar entre dois adversários. Na sequência do lance, Kokcu atirou para grande defesa do polaco e na recarga Pavlidis cabeceou ao lado.
Mesmo reduzido a dez, o Barcelona manteve as linhas subidas, com três avançados e apenas dois médios, e mesmo assim conseguiu causar calafrios ao Benfica, ao mesmo tempo que estava compacto na defesa, dando poucos espaços. No entanto, numa das ocasiões em que se desconcentrou ia sofrendo um golo, com Schjelderup a temporizar na esquerda antes de passar para a área, onde Barreiro desviou ao primeiro poste e Akturkoglu apareceu ao segundo a cabecear para mais uma excelente defesa de Szczęsny (43′). A encerrar a primeira parte, desatenção da defesa encarnada e Raphinha rompeu pela esquerda, com o seu passe a fugir a Trubin e a ir na direcção de Yamal, isolado ao segundo poste, só que Carreras foi mais rápido e intrometeu-se pelo meio, afastando para longe.
A toada manteve-se na segunda parte, com o Benfica a assumir as despesas do jogo, e logo aos 51′ Aursnes apareceu em boa posição na área para receber o passe de Schjelderup e rematar para defesa do guarda-redes, que depois com o pé tirou a bola do alcance de Pavlidis que se preparava para encostar. O Barcelona pouco fazia no ataque mas aos 61′ teve uma ajuda preciosa e com a qual não estava a contar. Tal como no primeiro jogo, Raphinha recebeu uma oferta, com António Silva a passar com demasiada força e sem a melhor direcção para Carreras na saída para o ataque, e não se fez rogado, dominando, avançando e disparando rasteiro à entrada da área, com a bola a sofrer um ligeiro desvio em Otamendi e a entrar junto ao poste.
Este lance gelou o Benfica mas as Águias tentaram recuperar o ímpeto rapidamente, por vezes mais com o coração do que com a cabeça. Bruno Lage mexeu na equipa e também na táctica, terminando com dois avançados em campo. Em poucos minutos, Aursnes (63′) e Kokçü (67′) testaram a atenção de Szczęsny, que respondeu sempre bem.
Quando em posse, o Barcelona podia contar com a segurança irrepreensível de Pedri a ditar o ritmo e os tempos do jogo, fazendo a sua equipa respirar e criar nervosismo no Benfica. Aos 82′, Belotti foi carregado pelo guardião na área e o árbitro inicialmente assinalou penálti, só que após indicação do VAR foi descortinado fora-de-jogo do italiano no início da jogada. A pressão encarnada aumentou nos instantes finais, com Baldé a cortar à boca da baliza um passe para João Rego, que só tinha de encostar, e depois o jovem extremo a rematar de bicicleta e a bola a desviar num adversário. Já nos descontos, o regressado Renato Sanches, entrado na segunda parte, aproveitou uma bola solta e encheu o pé para mais uma defesa vital de Szczęsny.
O Benfica continua vivo na eliminatória, precisando agora de dar uma resposta mais assertiva na próxima semana, na Catalunha, com eficácia na hora de rematar à baliza. No entanto, sabe também que estará desfalcado de Carreras, que viu o terceiro cartão amarelo na prova e vai cumprir castigo.
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