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Foram precisos 120 minutos e penáltis para encontrar em Munique o vencedor da Liga das Nações 2024/25. A Espanha esteve por duas vezes a vencer, mas Portugal recuperou sempre da desvantagem e acabou mesmo por conquistar a competição pela segunda vez, é a primeira seleção a consegui-lo.
Portugal entrou bem, para gáudio dos muitos adeptos portugueses presentes na Arena de Munique, logo aos cinco minutos um canto a favor de Portugal quase dava o 1-0. Bruno Fernandes levantou para a área, Bernardo Silva amorteceu no peito para João Neves que rematou cruzado mas ao lado.
No entanto, a superioridade de Portugal não foi além dos 15 minutos. Uma abertura de Huijsen para Nico Williams que perante João Neves cruzou atrasado para Pedri, valeu que o remate foi ao lado. Logo a seguir, novo duelo entre João Neves e Nico Williams, o espanhol fletiu para dentro e rematou em arco, a bola saiu a rasar a trave. O golo da Espanha acabaria por chegar aos 21′. Combinação de Oyarzabal com Zubimendi que soltou para Yamal, este cruzou para a área onde depois de um corte de Rúben Dias a bola ficou perdida e Zubimendi aproveitou para finalizar.
Apesar do golo sofrido, a genialidade de Nuno Mendes acabou por resultar no empate cinco minutos depois. Passe de Pedro Neto para o lateral esquerdo do PSG, Nuno Mendes entrou na área e atirou para o fundo da baliza de Unai Simón. A qualidade espanhola continuou presente, aos 29′ passe de Yamal à procura de Nico Williams, Diogo Costa saiu dos postes e acabou por atrapalhar o adversário que não conseguiu rematar à baliza. Antes do descanso, balde de água fria para a seleção dirigida por Roberto Martinez. Transição rápida dos espanhóis com Pedri na condução, soltou para Oyarzabal que rematou cruzado e longe do alcance de Diogo Costa. As equipas seguiram para os balneários com a Espanha a vencer por 2-1.
Para a segunda parte Roberto Martinez fez entrar Nélson Semedo para o lugar de João Neves, esta noite voltou a jogar adaptado a lateral e teve muita dificuldade em travar Nico Williams. Rúben Neves substituiu Francisco Conceição que também não fez a diferença no primeiro tempo. E quando Bruno Fernandes aos 48′ atirou para dentro da baliza de Unai Simón, Portugal festejou o 2-2 mas o golo foi invalidado por fora de jogo de Pedro Neto no momento do passe. Aos 56′ Fabián Ruiz tentou surpreender Diogo Costa de fora da área, mas o guarda-redes respondeu com uma defesa atenta. E aos 61′ o génio de Nuno Mendes voltou a fazer a diferença. Excelente arrancada do lateral na esquerda, passou por Yamal e Minguenza e cruzou para a área. A bola desviou em Le Normand e sobrou para Cristiano Ronaldo que perante Unai Simón não desperdiçou e voltou a empatar o jogo.
A Espanha respondeu na jogada seguinte, Pedri soltou-se de Inácio mas no momento do remate apareceu Nuno Mendes a cortar. Aos 69′ jogada individual de Nico Williams, remate cruzado que quase resultava em golo. O jogo português ganhou velocidade com a entrada de Rafael Leão, mas foi a Espanha que voltou a estar perto de marcar. A defesa da noite foi de Diogo Costa, estirada do guardião português aos 83′, a travar o remate fortíssimo de Isco. Já nos descontos e com o prolongamento praticamente confirmado, ainda houve tempo para um livre de Bruno Fernandes, bola chegada à baliza que obrigou Unai Simón a afastar a soco.
Portugal ameaçou logo no início do prolongamento, cruzamento de Rafael Leão que Nélson Semedo desviou ao lado. Aos 99′, mais uma entrada perigosa de Nuno Mendes na área, preparava-se para rematar mas foi desarmado por Baena. Ficou a pedir penálti, os ânimos exaltaram-se dos dois lados e o árbitro acabou a distribuir amarelos. Ainda antes do final da 1.ª parte, cruzamento de Bruno Fernandes, Nuno Mendes recebeu e cruzou para o segundo poste onde estava Rúben Dias, cortou Le Normand. Na 2.ª parte da etapa complementar era notório que as duas equipas arriscavam menos, nota para o cabeceamento de Diogo Jota já nos descontos, atirou por cima.
Gonçalo Ramos foi o primeiro a avançar para os penáltis, não falhou, tal como Merino. Seguiram-se Vitinha e Baena, Bruno Fernandes e Isco, todos marcaram os respetivos penáltis. Nuno Mendes também não deu hipóteses a Unai Simón, mas o mesmo não conseguiu Morata. Diogo Costa adivinhou o lado e travou o remate do adversário. Coube a Rúben Neves a responsabilidade de bater o derradeiro penálti, que daria no imediato a vitória a Portugal, e não falhou o jogador do Al-Hilal.
Grande festa no relvado, com Cristiano Ronaldo lavado em lágrimas, Nuno Mendes recebeu o troféu de melhor em campo, o capitão português levantou o troféu que foi transportado por Pepe, ex-internacional português. Portugal é a primeira seleção a conquistar a Liga das Nações pela segunda vez.
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