vsports

Resultados

Publicidade

Farioli: “Sinto-me confortável em trabalhar e trabalhar”

Francesco Farioli foi esta segunda-feira apresentado como treinador do FC Porto. O italiano assinou um contrato válido por duas temporadas e fica com uma cláusula de 15 milhões de euros.

O técnico italiano afirmou-se privilegiado por chegar aos dragões e sublinha que é preciso muito trabalho para recolocar o FC Porto na luta pelos seus objetivos.

Muito trabalho pela frente
“Para nós é um privilégio estar aqui a representar um clube icónico em Portugal e na Europa. Tudo avançou muito rápido, temos muito trabalho para fazer e avançamos desde o primeiro momento com ambição, temos muitos objetivos. É o sítio certo e a fase certa para a próxima fase da minha carreira. Temos muita ambição e desejo de provar a nossa paixão, de recuperar a mentalidade que queremos ver nesta equipa e devolver o FC Porto ao seu lugar”, disse.

História e paixão
“A oportunidade é ótima, o clube é um histórico, vemos as imagens, os troféus, a própria história do clube. O que o presidente fez, o que Mourinho fez… O clube representa muito em termos de mentalidade, espírito. Estive aqui há três anos a ver um jogo da Champions com o Inter e recordo-me dos últimos minutos em que encurralaram o Inter, conseguiram dar a volta ao jogo. É isso que queremos. Não me conhecem bem, mas sou muito apaixonado, quero representar uma equipa com esta mentalidade e este espírito. Nos treinos vamos ter padrões claros e elevados, não temos tempo para perder nada, queremos ganhar e ter sucesso. Temos de estar ao mais ato nível”

Primeiros passos
“O primeiro é estabelecer um nível, um padrão, no final de contas todos temos objetivos, queremos ganhar títulos. Sei o que é necessário para ganhar e sermos competitivos. Se olharmos para longe e nos esquecermos do próximo passo podemos cair. Será uma longa jornada. Podemos passar nas diferentes competições, mas temos de trabalhar com muita vontade, união, espírito. Há uma palavra portuguesa que soa melhor em português do que em inglês, ‘mentalidade’. Se este é o maior capítulo da minha carreira? Temos de estar ligados ao presente e o presente é o FC Porto. Não me esqueço do meu percurso, os clubes onde trabalhei, o Nice, os clubes na Turquia, todos representam muito para mim. Há uma ligação emocional, mas estar aqui hoje a representar esta cidade e estas novas cores significa muito para todos nós. Estamos no sítio certo”

Novo desafio
“Tenho consciência disso porque mesmo antes da entrevista aprofundei a minha análise ao clube e à sua situação atual. O presidente foi muito claro, não escondeu nada. Há aspetos diferentes, uns mais difíceis, outros menos. Se quisermos criar uma determinada cultura precisamos de condições de trabalho para que os jogadores se sintam confortáveis e desde o primeiro momento passámos muitas horas, com o presidente e outras pessoas, a entender, por exemplo, o papel de cada jogador. Claro que há o mercado. Gosto de dar uma oportunidade a todos, de se expressarem. Tenho a minha ideia, mas não quero chegar com preconceitos. Quero avaliar e ser direto na minha avaliação”

Composição do plantel
“Temos uma ideia clara das posições que precisamos de melhorar. Como já disse, tive muitas surpresas, por vezes temos a ideia que um jogador não consegue chegar a um determinado nível e acaba por ser o melhor no final da época. Outros podemos adorar logo e precisam de mais tempo para chegarem ao ponto que queremos”

Ganhar ou ganhar?
“Sinto-me confortável em trabalhar e trabalhar. Esse é o caminho. As pessoas que vêm comigo e as que conheci no clube mostram-se comprometidas com este projeto, tive todo o apoio. Estamos todos juntos para conseguir o melhor para o FC Porto”

Margem de adaptação
“Quando abordamos uma nova época há o desejo de ver coisas novas, uma nova forma de jogar, cada treinador tem uma forma de pensar. Não me compete julgar o que foi feito antes. O clube tomou uma decisão, estou aqui. Estamos sempre a ser avaliados. O que foi acordado com o presidente, vimos muitos jogos, ele sabe como gosto de jogar. Enquanto equipa queremos ver uma mentalidade clara e aberta. Enquanto treinador acredito que a equipa quer ter posse de bola. Muitas vezes, mais do que impor a nossa ideia é as pessoas acreditarem no que podemos fazer. É importante ter margem de adaptação. As ligas, os jogadores e a história é sempre diferente. Aprendi que devemos ser flexíveis para fazer pequenas adaptações, haverá coisas que já viram, mas também há margem para uma adaptação”

Publicidade