Resultados
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Uma das melhores versões do Benfica esta temporada valeu um triunfo categórico diante do SC Braga, por 3-0, e a presença das águias na final da Allianz Cup, diante do eterno rival Sporting.
Com dois golos de Di María e um de Carreras, o Benfica reconcilia-se com os adeptos, depois de dois desaires consecutivos, e vai à procura do seu oitavo título na competição no próximo sábado – o Sporting irá atacar o quinto triunfo na prova.
Em quatro dias tudo mudou. O Benfica sem ideias do encontro com o SC Braga do passado sábado, que tantas dificuldades teve em transformar o domínio do jogo em ocasiões de golo, transformou-se numa equipa com os setores ligados, faminta na pressão sobre o portador da bola e com diversos jogadores inspirados – Tomás Araújo, Carreras e Di María à cabeça.
E o que dizer do SC Braga? Deverá preocupar Carlos Carvalhal que os seus jogadores tenham recolhido aos balneários sem qualquer remate efetuado, perante nove do adversário. Nada fez nos primeiros 45 minutos, o conjunto arsenalista, no plano ofensivo, à exceção de um golo anulado a Bruma, e no plano defensivo mostrou um completo desnorte perante as sucessivas cavalgadas coletivas dos encarnados.
Individualmente, nota muito positiva para o contributo de Tomás Araújo na manobra ofensiva do Benfica, num corredor direito que raramente é seu, incluindo uma assistência para o primeiro golo da partida, que foi também o primeiro de Di María, e um cabeceamento à trave, no primeiro momento de perigo da partida.
Muitas vezes se diz, a começar pelos treinadores, que o futebol tem uma lógica muito própria, que os resultados muitas vezes não obedecem a uma relação causa-efeito com o que se vê em campo, mas o que se viu no relvado do Estádio Municipal de Leiria foi um encontro cujo fio condutor não enganou ninguém, conduzindo a partida para um marcador cujo desnível tinha reflexo no jogo jogado.
Com Schjelderup a figurar como grande novidade no onze de Bruno Lage, no flanco esquerdo, em detrimento de Akturkoglu – bom jogo do norueguês -, o Benfica chegou à vantagem por Di María, num remate efetuado já dentro da área, após combinação com Tomás Araújo. No minuto seguinte, Carreras mostrou pela enésima vez a facilidade com que tira adversários do caminho, no caso Vítor Carvalho, e atirou cruzado, a contar. E o intervalo não chegaria sem que Pavlidis fugisse pela esquerda e assistisse Di María para o 3-0. Muita classe na definição do argentino, que se exibiu em grande nível, sublinhando-se a participação decisiva de um Pavlidis que tudo fez para festejar com direitos de autor, novamente sem sucesso.
Foi um jogo paradigmático daquilo que de melhor o grego tem dado, com notória influência na abertura de espaços no ataque encarnado mas sem sorte alguma na finalização, incluindo (mais) um golo anulado.
A segunda parte parecia ter trazido um SC Braga revigorado. Roger falhou o 3-1 na cara de Trubin, logo a abrir a segunda parte. Mas a ideia de um SC Braga forte no segundo tempo rapidamente se esfumou e o jogo arrastou-se até ao fim com o Benfica sempre mais perto do quarto golo.
A equipa de Carlos Carvalhal não aguentou a exigência de dois jogos seguidos contra as águias, claudicando de forma flagrante ao segundo, depois de ganhar o primeiro. Fica a ideia de que, quando um jogo corre mal aos homens comandados por Carlos Carvalhal, nesta época, corre mesmo mal. Que o diga o jovem do SC Braga Jónatas, que foi expulso de forma direta aos 78′ pouco depois de ser lançado em campo, por uma entrada sobre Carreras. Não era o dia do SC Braga, definitivamente, e sim o dia da redenção do Benfica.
Sábado Bruno Lage e Rui Borges disputarão a sua primeira final da Taça da Liga, o dérbi que se jogará em Leiria está marcador para as 19h45.
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