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Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato dos Jogadores revelou que já houve um clube português a abordar os seus atletas com o intuito de realizar uma revisão salarial.
O dirigente não quis identificar o clube em causa mas adiantou que a abordagem não surtiu efeito, uma vez que não terá sido feita da forma mais adequada, defendendo uma negociação geral entre todos os clubes, com mediação dos organismos que gerem o futebol português, como a Federação Portuguesa de Futebol e a Liga Portuguesa de Futebol Profissional.
“Os jogadores são esclarecidos e sabem o que querem. Qual é o problema de negociar diretamente com o clube? É que a maioria dos clubes não tem capacidade negocial”, declarou o presidente do SJPF ao Jornal Económico, acrescentando que “Os jogadores estão disponíveis para fazer sacrifícios, desde que justificados e partilhados por todos”.
Joaquim Evangelista defende também que devem ser os clubes, antes de mais, a dar um sinal de boa fé. “Os clubes deveriam cumprir com o vencimento de março, dando um sinal de confiança aos jogadores, para depois obterem deles disponibilidade para os meses mais problemáticos”, explicou, lembrando o caso do Desportivo das Aves, que anunciou não ter condições para pagar os salários de março devido à paragem das competições face à pandemia de Covid-19, quando os seus atletas também não auferiram, ainda, os salários referentes a janeiro e fevereiro.
“É uma ação de má gestão e de oportunismo de um clube que não tem condições para estar numa competição profissional”, sublinhou.
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